Descrição
Tão grande… e tão acessível.
Dois milênios de cristianismo proporcionaram tempo mais que suficiente para que inúmeros pensadores tentassem descrever, qualificar ou quantificar o amor divino das mais diversas maneiras. O esforço de minerar algum termo ou cunhar uma expressão grandiosa para articular esse conceito indizível – afinal, Deus é o próprio amor que dele emana – levou Lutero a se referir a ele como “fogo ardente”. Para Tereza de Ávila, era a “suprema perfeição”. Francisco de Assis o considerava “galé de livres”, alusão (em contraponto) aos antigos navios impulsionados pelo trabalho escravo dos remadores.
Talvez compreendendo a insuficiência dos adjetivos, Agostinho preferiu valer-se de uma constatação: “Deus ama tanto a cada um como se não existisse ninguém mais a quem pudesse dedicar seu amor”. Essa inspiração agostiniana perpassa o texto de O obstinado amor de Deus. Neste livro, Brennan Manning desfia as fibras desse relacionamento tão inusitado para revelar, no cerne, uma realidade poderosa e comovente: desde a plenitude de sua grandeza, o Autor da vida nos ama de modo tão intenso e inflexível que jamais alguém foi capaz de conceber, e convida: “Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mt 25:23, NVI).
Sobre o autor:
Brennan Manning nasceu e foi criado em Nova York, onde conviveu com gente humilde e simples. Apesar das dificuldades, ingressou na Universidade St. John, da qual saiu para servir como fuzileiro naval. Ao voltar da Guerra da Coréia, graduou-se em Filosofia e Teologia pelo Seminário St. Francis. Em vez de continuar no conforto e na assepsia do ambiente acadêmico, como muitos de seus pares, Manning colocou o pé no barro de favelas, vilas, povoados e cortiços. Descobriu, então outra vocação: a do serviço compassivo e abnegado. Na Europa, chegou a carregar água, trabalhar como pedreiro e lavador de pratos.
Quando voltou aos Estados Unidos, dedicou-se ainda mais à reflexão e à solitude, e só retomaria o trabalho acadêmico no fim dos anos 1970. Mesmo assim, a devoção segundo o modelo patrístico – um cristianismo simples, desprovido de afetação e carregado de sensibilidade por Deus e pelos companheiros de jornada – continuou sendo sua prioridade. “Aprendi de um sábio franciscano que, para quem conhece o amor de Cristo, nada mais no mundo é tão belo e desejável.”
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